Com o retorno das aulas presenciais após um período de atividades remotas ou híbridas por conta da pandemia, é fundamental que novas alternativas sejam pensadas para que as dinâmicas escolares engajem os estudantes. Afinal, depois de tanto tempo no ambiente virtual e em ensino remoto, retornar ao ambiente físico pode ser uma experiência estressante para alguns alunos. Além do mais, mesmo com um número reduzido de pessoas na escola, ambientes fechados aumentam o risco de contaminação pela Covid-19. Nesse contexto, o planejamento de aulas ao ar livre será muito bem-vindo.
Quais são os benefícios das aulas ao ar livre?
Em primeiro lugar vem a questão da saúde dos alunos e profissionais da Educação. Não é à toa que aulas ao ar livre já precisaram ser adotadas na Europa cem anos atrás, devido a um surto de tuberculose. Além desse ponto óbvio, as atividades ao ar livre também são estratégias que ampliam a construção de conhecimento de mundo dos alunos. Por meio delas, os mais jovens interagem com a natureza e olham para a sociedade ao seu redor.
Naturalmente, as escolas oferecem mais do que apenas estudos acadêmicos. Além de ler e escrever, ter noções de Matemática e afins, os estudantes aprendem habilidades sociais e emocionais, que, se forem aplicadas em aulas ao ar livre, seja qual for o espaço “livre” que seu colégio oferece, podem, ainda, ser amplificadas em brincadeiras e atividades em grupo.
O que deve ser observado na criação de atividades ao ar livre?
O retorno das aulas presenciais deve ser bem organizado para incluir todos os protocolos de saúde e ainda o planejamento inteligente de aulas ao ar livre. Para isso, é necessária uma análise do ambiente escolar e de suas redondezas.
Os educadores podem aproveitar o pátio, as quadras e até mesmo os corredores, dando novos significados a eles. Desse modo, as áreas livres assumem a mesma importância daquelas que foram construídas. Esse esforço deve envolver outros grupos sociais além da escola e alcançar toda a comunidade, para que todos os espaços livres do bairro também sejam explorados.
Quais atividades podem ser elaboradas?
Do lado de dentro do portão da escola, aulas ao ar livre conseguem abordar exercícios com hortas, pomares, brinquedos, observação do sol e fenômenos da natureza e captação de água das chuvas, por exemplo. Fora de seus muros, são essenciais atividades que envolvam passeios a praças, parques, museus e pontos históricos. Conhecer o bairro faz os jovens e os educadores entenderem onde vivem ou trabalham, podendo, assim, propor melhorias à região.
Tudo isso compõe um exercício de cidadania que integra os saberes da escola com os da comunidade e da família, lembrando que uma comunidade pode assumir muitas formas diferentes, assim como pode se unir de diversas maneiras: um jogo em grupo, um clube do livro na praça, enfim – o que puder levar à confraternização desses dois mundos de ensino-aprendizagem.
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Fonte: Vivência ao ar livre na retomada das aulas também é questão de saúde
